“Mais de 50% das vendas de automóveis não serão para o consumidor final”
Com 40 mil motoristas de aplicativos registrados contra 3.500 taxistas apenas em Curitiba, se para o setor público a questão da mobilidade na capital paranaense gera preocupação, para o setor produtivo, as vendas trazem um novo público. “Em 2019, mais de 50% das vendas de automóveis não serão para o consumidor final em Curitiba”, revela Luis Antonio Sebben, Vice-Presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e Diretor Superintendente da divisão das Concessionárias Ford – Grupo Slaviero.
Sebben ressalta que as previsões não são fruto de crise econômica, mas de mudanças nas relações de trabalho. “Novos públicos, agora dos motoristas do Uber, por exemplo, exigem aprimoramento profissional das equipes. Em todo o Paraná são 300 concessionárias de automóveis, motocicletas, tratores e caminhões. Se o consumidor mudou ou pede mudanças, nossa gestão precisa acompanhar”.
Hoje a Fenabrave representa mais de 7 mil concessionárias de veículos no Brasil e são responsáveis por 305 mil empregos diretos - equivalente a 4,51% do Produto Interno Bruto (PIB). Consideradas a pontal final do setor produtivo automotivo, são nelas as percepções e impactos vindos do consumidor. Com 70% das vendas no Brasil de automóveis na faixa de valor até 55 mil reais, e para as motocicletas até 15 mil reais, Sebben explica que a introdução de inovação tecnológica é inevitável, mas tem seu preço: até 3 vezes mais que um veículo comum.
Outras questões que envolvem a cadeia automotiva nacional incluem volume de produção e exportações de veículos das montadoras e autopeças, assim como consumo interno e necessidades de capital de giro e ajustes no plano de negócio das concessionárias. Sobre imagem e longevidade, Sebben destaca o elo entre fornecedores-montadoras-concessionárias. “Com uma atuação desde 1945, o Grupo Slaviero é praticamente uma franquia e uma extensão da montadora Ford. Entendemos que princípios e valores moveram nossas decisões quando falamos de sucesso. E tem sido assim até então”.
CRÉDITOS: ALESSANDRO MANFREDINI - ARTESANIA COMUNICAÇÃO JURÍDICA
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