“Melhores produtos feitos com as melhores pessoas”.
“O consumidor irá determinar as relações de compra”. Partindo dessa premissa, Ricardo Nanani, Diretor de Soluções para Gestão de Pessoas do Grupo Volvo questiona: como é possível escalar um negócio? Nos Estados Unidos, com uma simples alteração na legislação, já é possível a venda direta de um veículo elétrico com entrega na casa do consumidor. Seria o fim das concessionárias? A velocidade das mudanças do mercado vão além das relações de consumo, mas também da própria cadeia produtiva.
Nanani fala do e-commerce de peças da Volvo. “Como discutir percentuais de vendas entre montadora e concessionárias? Na última Fenatran, principal evento voltado ao segmento de transporte rodoviário de cargas na América Latina, a empresa teve a sua melhor edição da história, com participação estimada em mais de R$ 1 bilhão em negócios, somando a venda de caminhões, mas também de planos de manutenção e serviços financeiros. “Com a venda de seguros por exemplo, a receita em serviços passa a ganhar força, e não mais apenas em produtos. Entendo este como o momento para sentar e discutir as mudanças de mercado”.
Questões em avanço
Se o consumidor mudou e tem o poder absoluto das decisões, como estar atento às tendências? Como vamos individualizar as experiências dos clientes? Para sermos diferentes, mesmo com a entrada de novos players como as startups, toda a cadeia precisa continuar a performar. Já tivemos sucesso até aqui. E depois?
Decisões
Previsões apontam que até 2050, metade dos novos veículos serão elétricos. Dados podem ser revistos se os gargalos atuais forem superados. A questão da tecnologia é o fator determinante. No futuro, a Volvo almeja a rastreabilidade das novas peças produzidas, avisando o cliente sobre a necessidade de reparos. Mudanças sobre hábitos de consumo e comportamentais também são esperadas. “Plástico. Não há mais volta. A cadeia produtiva precisa mudar. E a segurança para os carros sem motorista? Estamos prontos? Revoluções e inovações só são geradas ouvindo as pessoas”.
As decisões envolvem ainda um “futuro próximo” como a proteção de dados dos clientes e empresas, questões já em discussão com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGDP) que entra em vigor a partir de agosto de 2020.
Cultura Organizacional
Com o wifi liberado aos colaboradores na Volvo, respeitando regras e locais apropriados, a empresa optou por uma ação ‘ganha-ganha’, indo além do ‘comando-controle’. Entre os propósitos adotados, estão “melhores produtos feitos com as melhores pessoas”. A partir disso, hoje é possível ver funcionários reais em campanhas e nas iniciativas de comunicação internas da empresa. Para reter talentos, Nanani acrescenta que adequar a cultura da pessoa com a forma de pensar da empresa gera prosperidade ao funcionário.
“Foram 8 anos – sendo 3 anos de preparação e mais 5 anos de implementação até virem as modificações nas relações trabalhistas da empresa. Vieram temas como flexibilidade de benefícios, jornadas de trabalho, trabalho intermitente, entre muitos outros. Vieram ainda novas formas e práticas também na comunicação até chegarmos agora ao modelo digital, onde o colaborador mostra a cada dia que deseja se comunicar com a empresa”.
CRÉDITOS: ALESSANDRO MANFREDINI - ARTESANIA COMUNICAÇÃO JURÍDICA
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