Como faz todos os anos, desde 1995, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) apresenta o resultado da Sondagem Industrial.
Em sua 27ª edição, esta é a maior pesquisa feita junto aos empresários do setor para identificar o desempenho dos negócios e as expectativas para o ano seguinte.
O estudo também é uma ferramenta importante para que a Federação conheça intenções, dificuldades e desafios do setor nos próximos meses e possa definir ações convergentes aos interesses da indústria, de acordo com as prioridades sinalizadas na pesquisa.
Quando perguntados sobre a expectativa de desempenho da indústria para 2023, 41% dos industriais se mostraram otimistas ou muito otimistas e 44% expressaram expectativa neutra para 2023.
O resultado dos industriais otimistas ou muito otimistas está ancorado principalmente na perspectiva de crescimento das vendas (87%), na possibilidade de entrada em novos mercados (69%) e no aumento da produtividade e competitividade (64%).
Por outro lado, fatores como custos de produção (35%), infraestrutura logística (32%) e energia (30%) se apresentam como os principais entraves que podem interferir diretamente no desempenho dos negócios.
No mesmo quesito, os respondentes que se mostram pessimistas e muito pessimistas para 2023 representam 14%.
Eles sinalizaram que os fatores que justificam esse posicionamento são os custos totais de produção (88%), a dificuldade de explorar novos mercados (69%), as dificuldades com vendas (69%) e os investimentos (68%).
Além disso, o alto custo de insumos e matérias-primas, a infraestrutura e energia também figuram como grandes preocupações que podem interferir na performance de suas empresas no próximo ano.
Embora exista uma cautela, os empresários demonstram otimismo com a produtividade e a competitividade (10%), crédito (10%), energia (10%), PD&I (10%), e concorrência (10%).
Impacto da economia e investimentos
Os industriais paranaenses sinalizam otimismo um pouco menor em relação ao comportamento da economia em 2023, quando comparado sobre anos anteriores.
Para 58% dos respondentes, a economia pode apresentar retração. A política nacional foi apontada como o principal fator para essa percepção.
Além disso, o cenário econômico nacional e internacional também foi citado como responsável por esse resultado.
Para 15% dos empresários respondentes, a economia do país apresentará crescimento ou forte crescimento. E outros 27% acreditam que a economia do país permanecerá estável.
A boa notícia é que mesmo com intenções mais cautelosas, 80% dos empresários que responderam à pesquisa confirmaram disposição em fazer novos investimentos em 2023.
Em torno de 20% pretendem fazer mais ou muito mais do que foi realizado em 2022. Outros 29% devem manter o nível feito em 2022. Só 31% devem reduzir os valores.
As prioridades de investimento são em melhoria de processos, produtos ou serviços (58%), redução de custos de produção (49%) e prospecção de novos mercados (44%).
Além destas prioridades, modelos de negócio e comercialização, ampliação da capacidade produtiva e melhoria da qualidade também aparecem como principais intenções de investimento.
Quanto à principal fonte de financiamento, 65% afirmaram que utilizarão recursos próprios, 18% pretendem recorrer a bancos de fomento e desenvolvimento e 9% indicaram que utilizarão recursos de bancos tradicionais.
Retrospecto de 2022
Para 67% dos industriais, as empresas apresentaram um desempenho bom ou muito bom em 2022.
O principal fator que influenciou esse resultado foram as vendas, aumento da produtividade e competitividade, investimentos e aposta em novos mercados.
Esses empresários também apontaram os custos totais de produção como o principal fator de influência negativa.
Apenas 9% das empresas participantes da pesquisa afirmaram ter apresentado um desempenho ruim.
Para esses, o que mais impactou no desempenho foram os custos elevados de produção, queda em vendas e insumos e matérias-primas mais caras ou escassas.
Quatro temas, segundo eles, tiveram impacto relevante sobre o desempenho dos negócios em 2022. O mais relevante é a carga tributária, seguido pela conjuntura econômica nacional e internacional e corrupção.
Em relação à concorrência, independentemente do mercado de atuação, o industrial avalia que a qualidade, a gestão, a cadeia de fornecedores, o pós-venda e a logística são os principais pontos fortes.
Por outro lado, a competição desleal, a alta carga tributária, a burocracia, os custos e a segurança/insegurança jurídica são os principais pontos fracos.
Em relação à atividade de comércio exterior, 48% afirmaram ter exportado em 2022.
O resultado completo da Sondagem Industrial 2022-2023 pode ser acessado no endereço eletrônico: https://sondagemindustrial.org.br/
ou pelo site do Sistema Fiep (www.sistemafiep.org.br).
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