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Equidade de Gênero - Impactos da pandemia na carreira das mulheres

· 57% das brasileiras experimentaram comportamentos não inclusivos no ambiente de trabalho e 17% dessas mulheres deixaram de reportar o problema para não afetar negativamente sua carreira;


· O aumento das responsabilidades no trabalho e nos afazeres domésticos fez com que 19% das brasileiras considerassem deixar completamente o mercado de trabalho;


· 36% das mulheres afirmam que, para elevar a equidade de gênero no ambiente de trabalho, seu empregador deve se comprometer mais em aumentar a quantidade de mulheres em níveis sênior;

· Empresas que oferecem o apoio necessário às mulheres nesta fase e que se tornam “líderes em equidade de gênero” tendem a contar com uma força de trabalho mais produtiva e motivada.

A pesquisa Women@Work realizada pela Deloitte revela que desde o início da pandemia da Covid-19 a rotina das mulheres, mais que a dos homens, foi bastante afetada.

O relatório realizado com 5 mil respondentes de dez países, incluindo o Brasil, mostra que os níveis de satisfação e bem-estar das mulheres diminuíram no ultimo ano, e 31% dizem que sua carreira não está progredindo tão rápido quanto gostariam.


Apenas 37% delas classificaram como “extremamente bom” ou “bom” seu bem-estar mental no momento; esse número era de 69% antes da pandemia.

No entanto, as empresas que oferecem às mulheres o apoio necessário para lidar com esses desafios têm uma força de trabalho mais produtiva e motivada.


Com o aumento da carga na rotina das mulheres, quase metade delas (46%) se diz menos otimista em relação às suas carreiras.


Esse era o momento em que as organizações deveriam priorizar a saúde mental dos funcionários e criar diversas iniciativas que motivassem e ajudassem as mulheres no dia a dia, mas apenas 21% relatam que seus empregadores oferecem oportunidades de trabalho flexível para todos, em comparação com 30% na amostra global.


A pesquisa mostra que apenas 35% das mulheres dizem que suas organizações têm dado apoio suficiente desde o início da pandemia, e quase 75% revelaram que a carga de trabalho aumentou nesse último ano.


Esses dois dados mostram como os níveis de dificuldade para conciliar o trabalho, a busca pelo crescimento na carreira, os afazeres domésticos e a pressão das incertezas em relação à crise da Covid-19 apenas aumentaram.


Além disso, 32% responderam que têm menos probabilidade de retornar aos escritórios, quando for seguro, do que seus companheiros (a porcentagem global foi de 27%); isso revela como as oportunidades ainda são desproporcionais para homens e mulheres, tanto no âmbito profissional quanto no pessoal.


A grande insegurança fez com que as mulheres não se desliguem do trabalho e dediquem menos tempo para elas mesmas, como reação preventiva aos potenciais impactos negativos na carreira.


Empresas Líderes da equidade de gênero

De acordo com o relatório, empresas chamadas “líderes da equidade de gênero” são aquelas em que suas funcionárias se sentem confortáveis em reportar situação de comportamentos não inclusivos, amparadas por seus empregadores para equilibrar o trabalho e a vida pessoal, e acreditam que suas carreiras estão progredindo.


Porém, no Brasil, foram indicadas pelas respondentes apenas 12 empresas com esse perfil, o que mostra a longa jornada que as organizações brasileiras ainda precisam trilhar para darem melhores condições e oportunidades para suas funcionárias.

Questionadas sobre o tema, as respondentes brasileiras (36%) relevaram acreditar que, para elevar a equidade de gênero no ambiente de trabalho, seu empregador deve se comprometer mais em aumentar a quantidade de mulheres em níveis sênior e 31% acreditam que seus empregadores devem combater a cultura do presenteísmo, em que os funcionários são julgados pelo tempo online, e não pela qualidade de seu trabalho.


Metodologia do estudo

O estudo Women@Work foi realizado entre novembro de 2020 e março de 2021 com 5 mil mulheres de dez países para entender os impactos da pandemia da Covid-19 na vida pessoal e profissional das mulheres. Foram 1.500 respondentes do Continente Americano, incluindo 500 do Brasil, 2.000 da APAC (Ásia e países do Oceano Pacífico) e 1.500 da EMEA (Europa, Oriente Médio e África).

(créditos: Deloitte - https://www2.deloitte.com/br/pt.html)


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